Terça, 16 de Setembro de 2025

Cartão do SUS agora unificado ao CPF: Mais eficiência e segurança no acesso à saúde

Medida visa otimizar o sistema, combater fraudes e garantir o acesso aos serviços para todos os cidadãos, inclusive aqueles sem CPF.

16/09/2025 às 16:39
Por: Redação

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O novo Cartão Nacional de Saúde (CNS) agora exibe nome e CPF, substituindo o antigo número. A mudança, anunciada pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), busca otimizar o sistema e garantir maior segurança no acesso aos serviços.

A previsão é que 111 milhões de cadastros sejam inativados até abril de 2026, com 54 milhões já suspensos desde julho. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu que pacientes sem CPF continuarão a ser atendidos.

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“Não estamos deixando ninguém para trás. As pessoas que não têm CPF ainda vão continuar a ser atendidas”, disse Padilha. “Não há sistema nacional de saúde público que tenha o volume, a diversidade e a complexidade dos dados que tem o SUS”, completou.

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Higienização

Para viabilizar a unificação, o governo iniciou uma limpeza da base de cadastros do SUS (CadSUS). Os registros ativos passaram de 340 milhões para 286,8 milhões.

Desse total, 246 milhões já estão vinculados ao CPF, enquanto 40,8 milhões permanecem sem CPF e estão em análise para inativação. O processo visa eliminar cadastros inconsistentes ou duplicados.

“Estamos dando um passo muito decisivo para uma revolução tecnológica no Sistema Único de Saúde. Não é simples o que estamos fazendo”, avaliou Padilha.

Integração

A estimativa é inativar 11 milhões de registros por mês, totalizando 111 milhões até abril de 2026. A meta é equiparar a base de cadastros do SUS ao número de CPFs ativos na Receita Federal: 228,9 milhões.

A integração do CadSUS com a base de dados da Receita Federal, utilizando o CPF como identificador único, permitirá acesso a dados como histórico de vacinas e medicamentos garantidos no programa Farmácia Popular.

Usuários sem CPF

Para cidadãos atendidos no SUS sem CPF, foi estabelecido um cadastro temporário válido por um ano, especialmente em situações de emergência.

“Após a alta ou regularização, é necessária a prova de vida e a inclusão do CPF”, destacou o ministério.

Populações que não utilizam CPF, como estrangeiros, indígenas e ribeirinhos, permanecem identificadas pelo Cadastro Nacional de Saúde, que substituirá a expressão Cartão Nacional de Saúde.

Bases de dados

O ministério vai readequar todos os sistemas de informação do SUS para utilizar o CPF do paciente, começando pelos sistemas mais utilizados por estados e municípios, como a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e o prontuário eletrônico da atenção primária.

O calendário será definido em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com prazo de conclusão em dezembro de 2026.

O CadSUS será integrado à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), coordenada pelo MGI, permitindo o compartilhamento seguro de dados de saúde com outros órgãos e ministérios.

“A ação vai melhorar o monitoramento, combater o desperdício e fortalecer a gestão pública”, concluiu o ministério.