Sábado, 16 de Agosto de 2025
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) manifestou seu apoio ao Plano Brasil Soberano, lançado pelo governo federal. A indústria química brasileira exporta cerca de US$ 2,5 bilhões por ano em insumos para os Estados Unidos.
A medida surge após o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, ter implementado uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o percentual total para 50%.
A Abiquim destaca que o Plano Brasil Soberano abrange tanto apoio financeiro quanto ajustes tributários, prorrogação de prazos e medidas de proteção ao emprego.
“Ele dialoga com demandas históricas do setor químico e de seus principais clientes - indústrias que transformam insumos químicos em produtos de maior valor agregado destinados ao mercado norte-americano, como plásticos, calçados, alimentos, vestuário, cosméticos e higiene pessoal”.
A associação ressalta que, dos 700 produtos inicialmente listados no "tarifaço", cinco foram excluídos, representando cerca de US$ 1 bilhão em exportações.
A Abiquim acredita que outros produtos do setor podem ser retirados da lista de tarifas dos Estados Unidos, o que poderia adicionar mais US$ 500 milhões em vendas. “Contudo, a ampliação dessa lista depende de avanços rápidos nas negociações diretas entre os governos brasileiro e americano”, afirmou a Abiquim.
Caso as tarifas permaneçam, a Abiquim enfatiza a necessidade de buscar novos mercados para mitigar as perdas do setor.
"O setor, que emprega mão de obra altamente qualificada, tende a registrar impactos sobre o emprego de forma mais lenta, mas o cenário exige monitoramento constante. A dimensão inédita do pacote exige acompanhamento para avaliar se será suficiente ou se será necessária uma segunda fase”, conclui a entidade.